As pesquisas que apresentam sinais de fraudes e erros significativos são realizadas por institutos com pouca credibilidade, muitos dos quais não dispõem de profissionais estatísticos em suas equipes. Um exemplo é o Instituto Intelligence Pesquisa e Comunicação, que já teve seus levantamentos investigados em diversas cidades do Rio de Janeiro, além de em São Paulo e Espírito Santo. O nome registrado da instituição é Costa e Mariath Ltda.

As pesquisas eleitorais são regidas por normas legais e devem ser registradas na Justiça Eleitoral. Os institutos têm a obrigação de divulgar detalhes sobre a metodologia utilizada — como e onde os dados foram coletados, o tamanho da amostra, entre outros aspectos.

As penalidades para aqueles que não cumprem essas normas incluem multas e até prisão. A publicação de uma pesquisa sem o registro prévio pode resultar em multas que variam de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. 

A propagação de levantamentos fraudulentos configura crime, sujeito a multas nos mesmos valores e pena de detenção de seis meses a um ano.

A impugnação contra a pesquisa eleitoral foi considerada procedente devido à lista desatualizada de entrevistadores, o que comprometeu a confiabilidade dos dados apresentados. Apesar de a preliminar de perda de objeto ter sido afastada, a eficácia da sentença continua, impedindo que os dados da pesquisa sejam divulgados. Para a decisão, foram utilizados os artigos 33 e 34 da Lei n. 9.504/97 e a Resolução TSE n. 23.600/19, que estabelece regras para registro e divulgação de pesquisas eleitorais.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou que, entre 1º de janeiro e 14 de abril, das 943 pesquisas de intenção de voto registradas oficialmente na Justiça Eleitoral, 432 foram financiadas com “recursos próprios”.

Isso significa que, proporcionalmente, quase metade das pesquisas (45,85%) sobre intenção de votos para as eleições municipais foram, na prática, realizadas de forma gratuita por empresas que deveriam ser remuneradas pelo serviço prestado. Em um período inferior a quatro meses, essas empresas deixaram de faturar R$ 3,3 milhões em pesquisas relacionadas aos pré-candidatos a prefeito e vereador.

“O que observamos parece indicar que algo não está correto, pois uma empresa de pesquisa, assim como qualquer outra, depende da venda de seus serviços. Uma empresa de pesquisa oferece serviços e cobra por eles”, afirma o cientista político João Francisco Meira, sócio-diretor do instituto Vox Populi e membro do conselho superior da Abep. “O volume dessa prática é um verdadeiro escândalo nacional”.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a publicar uma nova portaria que estabelecerá diretrizes para o uso da força pelas polícias militar e civil em todo o Brasil, além de se aplicar às guardas municipais. O novo regulamento estipula que o uso de armas de fogo deve ser considerado apenas como um “último recurso”, restringe as situações em que uma pessoa pode ser revistada e requer uma justificativa formal por escrito em casos excepcionais de uso de algemas.

Essa iniciativa visa atualizar as orientações da portaria de 2010, reunindo em um único documento leis, recomendações, inovações tecnológicas, decisões judiciais e decretos que estavam dispersos. De acordo com especialistas do governo, o objetivo principal é diminuir a letalidade das ações das forças de segurança.

Se um estado não cumprir as novas diretrizes, poderá perder parte dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) destinados a ações relacionadas ao uso da força, como a aquisição de equipamentos especiais. Anteriormente, o governo apenas considerava a observância das diretrizes para realizar os repasses. Essa alteração busca incentivar a adesão às novas normas.

O Ministério da Justiça, em comunicado, informou que, na semana passada, foi realizado um seminário para discutir o tema e coletar novas contribuições. O ministério também mencionou que o documento ainda está em processo interno e que os prazos para publicação e consulta pública estão sendo avaliados.

**Principais mudanças propostas**

Atualmente, as diretrizes federais para o uso da força estão dispostas na Portaria Interministerial 4.226, de 2010. O Ministério da Justiça formou um grupo de trabalho em janeiro para atualizar esse documento, que já está em vigor há 14 anos. A seguir, estão as novas propostas e uma comparação com as diretrizes vigentes:

**Uso de arma de fogo:**

- **Proposta:** Utilização como último recurso.

- **Situação atual:** Proíbe disparos contra pessoas, exceto em legítima defesa ou em situações de risco iminente.

- **Objetivo:** Alinhar as regras aos princípios modernos do uso da força.

**Gerenciamento de crise:**

- **Planejamento de operações**

  - **Proposta:** Planejar operações com base em informações de inteligência para minimizar riscos.

  - **Situação atual:** Não há diretrizes gerais específicas.

- **Gravação**

  - **Proposta:** Realizar gravações em vídeo das operações sempre que possível.

  - **Situação atual:** Não há diretrizes gerais específicas.

- **Tomada de decisão**

  - **Proposta:** Documentar e justificar todas as decisões durante as operações.

  - **Situação atual:** Sem diretrizes gerais específicas.

  - **Objetivo:** Alinhar as diretrizes à Lei do Sistema Único de Segurança Pública e a decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

**Abordagens de suspeitos e buscas domiciliares:**

- **Regras para “revista”**

  - **Proposta:** O policial deve explicar claramente o motivo da abordagem e os direitos do cidadão.

  - **Situação atual:** Sem diretrizes gerais específicas.

- **Produção de dados**

  - **Proposta:** Registrar o nome do cidadão abordado, as razões da “revista” e os procedimentos realizados.

  - **Situação atual:** Sem diretrizes gerais específicas.

- **Fundada suspeita para abordagem**

  - **Proposta:** Para uma abordagem justificada, deve haver indícios concretos de posse de arma ou objetos ilícitos; meras suposições não são suficientes.

  - **Situação atual:** Sem diretrizes gerais específicas.

- **Buscas domiciliares**

  - **Proposta:** Solicitar e registrar o consentimento do morador na ausência de mandado judicial.

  - **Situação atual:** Sem diretrizes específicas.

- **Objetivo:** Proteger direitos fundamentais, garantir transparência e assegurar a legalidade das ações das autoridades, em conformidade com decisões do STF.

**Uso de algemas:**

- **Proposta:** Uso permitido apenas em casos de resistência, risco de fuga ou ameaça à integridade de alguém; qualquer uso excepcional deve ser justificado por escrito.

- **Situação atual:** Sem diretrizes específicas.

- **Objetivo:** Clarificar os procedimentos para o uso de algemas, considerando a legislação brasileira e regulamentos anteriores.

Cobras geralmente evitam contato com outros animais que podem representar uma ameaça para elas. Alguns dos predadores naturais das cobras incluem:

### 2. **Aves de rapina**
- **Águias, gaviões e falcões** caçam cobras como parte de sua dieta. Elas costumam capturar as cobras do ar, evitando o perigo do veneno.

### 3. **Texugos**
- **Texugos de mel** (ratel) são bastante resistentes a venenos de cobras e são conhecidos por sua coragem em enfrentá-las. Eles são predadores vorazes e não hesitam em atacar cobras venenosas.

 

### 4. **Outras cobras**
- Algumas cobras, como as cobras-rei, se alimentam de outras serpentes, incluindo as venenosas. Elas são imunes a muitos venenos e são predadores eficazes de outras cobras.

 

### 5. **Porcos e javalis**
- Porcos selvagens e javalis, com sua pele grossa, ocasionalmente atacam e matam cobras, especialmente se elas invadirem seu território.

 

Além disso, cobras tendem a evitar lugares onde sentem a presença constante de humanos ou onde animais como cães e gatos estão presentes, pois podem interpretá-los como ameaças.

No estado de São Paulo, há várias espécies de cobras venenosas catalogadas. 

Elas pertencem principalmente a dois grupos de serpentes: **viperídeos** (como jararacas e cascavéis) e **elapídeos** (como as corais verdadeiras). Aqui estão as principais espécies:

### 1. **Jararacas (gênero Bothrops)**
As jararacas são responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos no estado.
- **Jararaca (Bothrops jararaca)**: É a espécie mais comum e uma das mais perigosas da região. Tem coloração marrom ou acinzentada com manchas triangulares.
- **Jararacuçu (Bothrops jararacussu)**: Uma cobra maior e mais agressiva, que pode causar picadas graves.

### 2. **Cascavéis (gênero Crotalus)**
Essas cobras possuem o típico guizo na cauda, que emite um som característico.
- **Cascavel (Crotalus durissus)**: É menos comum que a jararaca, mas seu veneno neurotóxico pode causar problemas graves como paralisia e insuficiência respiratória.

### 3. **Surucucu (gênero Lachesis)**
Embora seja mais comum na região amazônica, a surucucu também pode ser encontrada em algumas áreas mais densas de mata.
- **Surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta)**: Uma das maiores serpentes venenosas das Américas, com veneno que afeta o sistema circulatório.

### 4. **Corais verdadeiras (gênero Micrurus)**
As corais verdadeiras têm um veneno neurotóxico muito potente, embora sejam menos agressivas e os acidentes sejam mais raros.
- **Coral verdadeira (Micrurus corallinus)**: Tem anéis vermelhos, pretos e brancos ou amarelos. O veneno pode causar falência respiratória e cardíaca se não tratada rapidamente.

### Cuidados:
As picadas dessas cobras variam em gravidade, mas todas podem ser fatais sem tratamento adequado. É essencial identificar a cobra, se possível, e procurar atendimento médico urgente para a administração de soro antiofídico.

 Se você ou alguém for picado por uma cobra, é importante agir rapidamente e com cautela.

O que fazer:

1. **Mantenha a calma**: Ficar calmo ajuda a controlar o batimento cardíaco e evitar que o veneno se espalhe rapidamente.

2. **Imobilize o membro afetado**: Se possível, mantenha a parte do corpo que foi picada imóvel e abaixo do nível do coração. Isso ajuda a retardar a disseminação do veneno.

3. **Busque ajuda médica imediatamente**: Vá para o hospital ou centro de saúde o mais rápido possível. Se souber que tipo de cobra foi responsável pela picada, informe aos profissionais de saúde.

4. **Lave o local com água e sabão**: Se possível, lave suavemente o local da picada para remover resíduos superficiais.

5. **Ligue para o serviço de emergência**: Contate o SAMU (192) ou outro serviço de emergência para obter ajuda médica imediata.

### O que não fazer:

1. **Não faça torniquetes**: Amarrar o membro pode causar danos aos tecidos e agravar a situação.
2. **Não tente sugar o veneno**: Isso é ineficaz e pode causar infecção ou outros problemas.
3. **Não corte o local da picada**: Fazer cortes pode piorar a ferida e não ajuda a remover o veneno.
4. **Não aplique gelo**: O frio pode agravar os danos nos tecidos.
5. **Não tente capturar a cobra**: Embora seja útil identificar a espécie, tentar capturar a cobra pode resultar em mais picadas. Tente lembrar da aparência para informar ao médico.

Quanto mais cedo a vítima for tratada com soro antiofídico, maior a chance de uma recuperação plena.

Em uma nota divulgada na manhã desta segunda-feira (16), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) admitiu ter cometido um erro ao agredir o oponente Pablo Marçal (PRTB) durante um debate, mas ressaltou que não se sente arrependido do ato e que o repetiria se as condições fossem idênticas.

Sobre o ocorrido

Datena justificou sua ação ao afirmar que Marçal "precisava ser contido com atitudes". No comunicado, o apresentador declarou ter sido vítima de acusações "totalmente falsas" de assédio sexual, e que sua reação foi motivada por ter sido "agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm percebido, desrespeita e afronta a todos, desconsiderando a ética e a civilidade".

O apresentador declarou que espera "ter aliviado a alma de milhões de pessoas" com sua agressão. Ele argumentou que a candidatura de Marçal representa um risco "para a integridade dos cidadãos, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões que dependem da administração da Prefeitura de São Paulo para levar uma vida mais digna".

"Sou um homem de verdade e, através de um gesto extremo, embora humano, manifestei minha verdadeira indignação por ter sido, repetidamente, alvo de agressões verbais e morais de um adversário que, como todos podem perceber, desrespeita e afronta a todos, ignorando a ética e a civilidade", afirmou Datena em um trecho de sua nota sobre a agressão a Marçal.

Pablo Marçal (PRTB) lidera a corrida pela prefeitura de São Paulo (SP) com 32,1% das intenções de voto, conforme pesquisa do Instituto Veritá divulgada na manhã desta segunda-feira (16). O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) ocupa a segunda posição, com 26%, enquanto Ricardo Nunes, o atual prefeito que busca a reeleição, registra 18,1%.

O Instituto Veritá é o único a indicar Marçal como líder isolado na disputa. Em contrapartida, na semana anterior, as pesquisas do Quaest, Datafolha e Paraná Pesquisas apontaram um empate técnico entre os três candidatos, colocando o empresário na terceira posição em termos absolutos.

De acordo com o levantamento da Veritá, Tabata Amaral (PSB) possui 5,5% das intenções de voto, enquanto José Luiz Datena, candidato do PSDB, segue logo atrás com 5,4%. Marina Helena (Novo) é a próxima na lista. Os outros candidatos obtiveram menos de 1% das intenções.

Além disso, 5% dos entrevistados afirmaram que planejam votar em branco ou nulo, e 3,6% não responderam à pergunta.

O Instituto Veritá realizou 3.020 entrevistas utilizando uma unidade automatizada de respostas, com reconhecimento de voz e transcrição de áudios em texto, seguindo um questionário eletrônico desenvolvido conforme os objetivos da pesquisa.

A margem de erro divulgada pelo Veritá é de 2 pontos percentuais, tanto para mais quanto para menos, com um nível de confiança de 95%.

No final de agosto, a mesma pesquisa já indicava que Pablo Marçal tinha 30,9% das intenções de voto, seguido por Boulos com 21,6% e Nunes com 14,2%. Na ocasião, Datena registrava 6,3%, Tabata 5,8% e Marina Helena 3,6%.

Os Estados Unidos e o Reino Unido estão cada vez mais alarmados com a possibilidade de a Rússia estar transferindo informações e tecnologias sigilosas para o Irã, potencialmente aproximando o país da capacidade de desenvolver armas nucleares. Em contrapartida, Teerã estaria fornecendo mísseis balísticos para apoiar Moscou em sua guerra na Ucrânia.

Nos últimos meses, o Kremlin intensificou sua colaboração com o Irã em relação às ambições nucleares do país, segundo fontes ocidentais familiarizadas com o tema, que preferiram não se identificar devido à natureza confidencial das informações.

Este avanço foi um dos tópicos abordados em encontros de autoridades dos EUA e do Reino Unido em Washington nesta semana. Durante uma reunião estratégica de política externa, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente Joe Biden expressaram preocupação com o fortalecimento dos laços militares entre Rússia e Irã, o que consideraram uma escalada perigosa.

A administração Biden permanece altamente preocupada com as atividades nucleares do Irã, segundo um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA. O presidente Biden reiterou que os Estados Unidos estão preparados para usar todos os recursos à disposição do país para evitar uma escalada nuclear por parte do Irã, afirmou o porta-voz no sábado.

Nem o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, nem a embaixada iraniana junto à Agência Internacional de Energia Atômica em Viena responderam aos pedidos de comentário.

No sábado, os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) condenaram, em uma declaração conjunta, tanto a exportação de mísseis balísticos pelo Irã quanto a aquisição dessas armas pela Rússia. Eles classificaram a ação como uma perigosa intensificação do apoio militar do Irã à guerra da Rússia na Ucrânia e exigiram que essa prática seja interrompida imediatamente.

Durante uma visita recente a Londres, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, indicou que a Rússia estaria trocando tecnologia nuclear com o Irã, mencionando que Moscou recebeu um carregamento de mísseis balísticos Fath-360 de Teerã.

"Em troca, a Rússia está fornecendo ao Irã a tecnologia que o país busca — essa é uma relação de mão dupla —, incluindo áreas nucleares e algumas informações espaciais", afirmou Blinken.

Em negociações realizadas em Londres, Blinken e o Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, concordaram que "o programa nuclear do Irã nunca esteve em um estágio tão avançado", conforme divulgado em uma declaração conjunta do Departamento de Estado dos EUA no sábado.